Por Eduardo Felten
Embora você esteja longe de uma grande pessoa, embora o tempo, a razão, o sentimento, o sofrimento, quando tudo se torna distante, parece que o amor vai-se enviando... Vai acabando. Dá a impressão de que a distância se torna uma barreira entre a metafísica e pouco se sente da presença verdadeira Daquele que nos ama. Vejo que o amor vai-se embora a passos pequenos com o peito apertado e querendo olhar para traz. Mas as feridas e a podridão de quem fica, impedem que a pessoa mais importante da nossa vida não se ausente. E ficamos... Ficamos e mercê das nossas próprias misérias, dos nossos erros, das nossas falhas. E mesmo que o corpo se encontre mutilado por tantas situações que nos obrigamos a passar, acabamos de uma vez por todas vacilando novamente e desistindo de nós mesmos. Fica-se apenas o rosto ferido e putrefato falando baixinho: - volta! Volta porque só tu és capaz de me levantar! Somente a Tua presença me importa e me cura e me lava.