II CONGRESSO JOVEM DE PALMAS IRÁ COMEMORAR O DIA NACIONAL DA JUVENTUDE

Dom Pedro Brito Guimarães motivou os jovens a participarem do Congresso...

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FORMAÇÃO

A síndrome do “discernimento vocacional perpétuo”

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

'Senhor, é verdade que só alguns serão salvos?'

No Evangelho de ontem alguém perguntou: 'Senhor, é verdade que só alguns serão salvos?' Jesus não responde a pergunta, ao invés, dá um ensinamento que aparentemente vai soar como algo terrível para nós.

“Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão. Então começareis a dizer: ‘Nós comemos e bebemos diante de ti, e tu ensinaste em nossas praças!’Ele, porém, responderá: 'Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim, todos vós, que praticais a injustiça!’Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac e Jacó, junto com todos os profetas no Reino de Deus, e vós, porém, sendo lançados fora" Lc 13, 24-28

Veja, Jesus coloca a nós, pregadores e padres, na parede, porque às vezes é fácil falar sobre misericórdia, salvação, perdão, etc, mas a realidade que o Evangelho diz hoje é sobre inferno, sobre um lugar de 'fogo e ranger de dentes'.
Vivemos num mundo onde ninguém quer falar de inferno; as pessoas querem pregação de misericórdia sem conversão, mas eu digo que não há salvação sem o esforço da conversão, pois o inferno é para quem livremente não fez a opção por Deus.
Quem inventou o inferno? Não foi Deus, foram os anjos rebeldes, foram aqueles que se rebelaram contra Deus. A doutrina da Igreja diz que o inferno existe e para lá vai quem, conscientemente, rejeita o amor de Deus.
Você será julgado, nós seremos julgados, a humanidade será julgada; isto é uma verdade de fé da Igreja Católica. Nós não podemos perder esta visão escatológica da nossa fé.
Nós, pregadores, não podemos ficar preocupados com a quantidade de livros, palestras e cds que vendemos, mas sim quantas pessoas foram ao confessionário para se confessar durante um encontro.
A evangelização não pode ser cobrada. O que nós estamos fazendo com a nossa evangelização? Quais são as nossas motivações para evangelizar?
Eu não estou preocupado com quantos seguidores eu tenho no twitter, quantos seguidores no facebook. Tem gente que diz pra mim 'padre, a prefeitura da minha cidade paga tanto para o senhor ir celebrar uma missa lá'. Eu digo 'Deus me livre! Minha missa não tem preço não, eu não pratico simonia, eu não cobro pra pregar o evangelho', porque minhas motivações são outras.
Se nós vamos ser julgados, nosso ministério não pode ser como 'prostitutas de luxo', que só servem os poderosos. É uma palavra feia,
dura, que incomoda, mas é a pura verdade, pessoas que estão vendendo o seu ministério.
Irmãos, nosso ministério é o de João Batista, que disse: 'é preciso que Ele cresça e eu diminua', e ao final perdeu a cabeça por causa da Palavra de Deus. Esta é a missão do evangelizador.
Precisamos tomar juízo na nossa cabeça e se converter, porque no final o Senhor não vai perguntar quantos livros eu vendi, quantas palestras as pessoas compraram... não, Deus não é um capitalista selvagem, a salvação não será medida por números. Às vezes as pessoas pensam que serão salvas pelos atos em forma de números, tipo 'Senhor eu fiz isso, Senhor eu preguei assim, Senhor eu cantei para multidões', mas se esquecem que o Senhor vai nos julgar pelas motivações que estão na nossa consciência.

A palavra diz também que os que foram perseguidos pela justiça alcançarão o Reino. Se você está sofrendo injustamente por causa do Evangelho é um bom sinal. Não esmoreça no seu sofrimento, porque a porta da salvação é uma porta estreita. Se assim nós fizermos, eu e você, nos encontraremos juntos no lugar que Cristo preparou para nós: o céu, a vida eterna com Deus.
Eu não estou aqui pregando a heresia do pelagianismo, que dizia que a gente se salva pela nossas próprias forças, não. A palavra vai dizer que nesta luta nós não estamos sozinhos, vamos fazer a nossa parte e Deus estará conosco.  Hb 12, 3-4
Mas a palavra ainda diz "Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado". Ou seja, não vai ter salvação sem uma luta violenta contra o pecado. Mas saia daqui com esta certeza: Deus vai lutar junto com você. 

Pe. Roger Luis - Com. Canção Nova 

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O Papa Francisco e a Santíssima Virgem Maria (Por Dom Alberto Taveira)

Belém DO Pará, 16 de Agosto de 2013 (Zenit.org) –
Uma pessoa do porte do Bispo de Roma, sucessor de Pedro, bate à porta do coração de milhões de pessoas, beija crianças, toma chimarrão no meio da multidão, tem em sua história diálogos com homens e mulheres de convicções diferentes, manda uma mensagem aos Muçulmanos, pelo final do Ramadã, abrindo portas para uma convivência respeitosa e construtiva, conversa sem rodeios com jornalistas que lhe fazem perguntas aparentemente incômodas, sem ceder em seu compromisso com a verdade e em sua fidelidade à Igreja. É o mesmo Papa que chama por telefone um fiel que perdeu um irmão num assalto, na Itália, ou visita de surpresa os operários do Vaticano em seus postos de trabalho! Com santo orgulho, podemos dizer que o Espírito Santo tomou a palavra, para os cristãos oferecerem ao nosso tempo o que existe de melhor! Trata-se de um sinal de valores dos quais a humanidade vinha sentindo saudades. Volta à moda a ternura e a bondade, caminhos inigualáveis para a mudança profunda. Não é difícil entender que Deus escolhe o que parece insignificante, gestos simples do quotidiano, para tocar no mais íntimo das pessoas.
Ao lado de muitos gestos que revelam as opções pastorais nas quais deseja envolver a Igreja inteira e têm edificado o mundo, o Papa Francisco tem testemunhado sua profundidade espiritual, como bom jesuíta. Chama também atenção sua profunda devoção mariana, expressa em manifestações de religiosidade que tocam no coração de nosso povo. Apenas eleito Papa, seu primeiro ato público foi a visita à Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, para entregar seu pontificado a Nossa Senhora, onde voltou, após a Jornada Mundial da Juventude. O Brasil inteiro se viu ali representado, quando depositou sobre o Altar nada menos do que uma bola de futebol e uma camisa da Jornada! No Brasil, quis visitar o Santuário Nacional de Aparecida, confiando à proteção de Nossa Senhora os dias que se seguiram na história viagem ao nosso país. No último dia da Jornada, quando lhe entreguei uma imagem de Nossa Senhora de Nazaré, era como uma criança que ganhava um presente, perguntando-me singelamente: "É para mim?". E beijou a Imagem. As alturas do pontificado são pontes que se constroem com a simplicidade de gestos e palavras que não precisam de explicações!
Mais do que as múltiplas formas com que a arte tem retratado a Virgem Maria, ou os tantos títulos com que a devoção popular a venera, sua missão há de ser reconhecida pelo lugar que lhe foi reservado na história da Salvação. O papel de Maria na Igreja é inseparável de sua união com Cristo, que se manifesta desde a hora da Concepção virginal de Cristo até sua Morte, Ressurreição e Ascensão ao Céu. Maria percorreu sua peregrinação de fé, manteve fielmente sua união com o Filho até a cruz, onde esteve de pé, sofreu intensamente junto com ele e associou-se ao seu sacrifício. E foi dada pelo próprio Jesus, aos pés da Cruz, como mãe ao discípulo com estas palavras: "Mulher, eis aí teu filho" (Jo 19,26-27). Após a Ascensão de seu Filho, Maria acompanhou com suas orações a Igreja nascente, pedindo e acolhendo o dom do Espírito, que, na Anunciação, a tinha coberto com sua sombra (Cf. Catecismo da Igreja Católica 964-965).
Maria é Mãe da Comunidade que constitui o Corpo místico de Cristo e acompanha os seus primeiros passos. Ao aceitar essa missão, anima a vida da Igreja com a sua presença, grande sinal oferecido a todas as gerações de cristãos. Essa solidariedade vem de sua pertença à comunidade dos remidos. Com efeito, ela teve necessidade de ser remida, pois está associada a todos os homens necessitados de salvação (Lumen Gentium 53). O privilégio da Imaculada Conceição preservou-a da mancha do pecado, em previsão dos méritos de Cristo. Como membro da Igreja, Maria põe ao serviço dos irmãos a sua santidade pessoal, fruto da graça de Deus e da sua fiel colaboração. A Imaculada Conceição é para todos os cristãos apoio na luta contra o pecado e perene encorajamento a viverem como remidos por Cristo, santificados pelo Espírito e filhos do Pai (Cf. João II, Audiência geral do dia 30 de julho).
Ao celebrar com a Igreja, neste final de semana, a Assunção de Nossa Senhora, renove-se em nós a esperança, na certeza de que a última palavra da história da humanidade pertence e pertencerá a Deus. Nenhum problema ou crise, ou mesmo os pecados pessoais ou sociais de quem quer que seja, poderão vencer aquele que é primeiro e o último, princípio e fim, Nosso Senhor Jesus Cristo.

 Dom Alberto Taveira
Arcebispo de Bélem - PA

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