segunda-feira, 4 de abril de 2011

Quem é o Senhor da sua vida?

Que grupo de oração nós queremos?

A quem você quer servir?

Não é novidade pra ninguém. Sou Âncora da Alma desde o primeiro dia. Desde quando ainda éramos “Ou santos ou nada”. Cinco jovens (há cinco anos atrás eu ainda era jovem, rsrsrs) reunidos na capela com um Diácono, também jovem, que tentava suscitar em nossos corações o sonho do coração de Deus: Levantar uma geração de jovens adoradores. Ninguém melhor, ninguém pior. Apenas diferentes.

Qual nossa diferença?

Jesus.

Nos primeiros encontros Pe. Aluisio fazia animação, cantava, tocava, pregava e conduzia a oração. Os outros cinco estavam conhecendo, se encontrando e se apaixonando pelo sonho de Deus.

Ver a capela cheia parecia um sonho distante, utopia, ilusão. Mas o sonho não era nosso. Era de Deus.

Cinco anos se passaram. Hoje somos o Âncora da alma. Não era sonho, nem utopia, muito menos ilusão. A capela encheu. Tivemos que ocupar a igreja. Os retiros antes com 20 jovens e uma Van. Hoje com 220, 120 jovens e dois, três ônibus. Temos

Ministérios de Artes, de música, intercessão e pregação. Somos muitos.

Para nós o grupo está muito bom.

Mas será que está mesmo?

Quem é o Senhor do âncora da alma? Quem é o Senhor dos ancorados?

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Infelizmente já tive várias oportunidades de ouvir pessoas dizerem que não vão ao grupo por causa das “panelinhas” ou ainda que muitos membros são arrogantes, “metidos”.

Será uma verdade? O que estamos fazendo para causar essas impressões naqueles que não conhecem o âncora? Porque estão apontando nossos defeitos e não estão vendo nosso diferencial que é Jesus Cristo?

Tenho ainda algumas perguntas para os comprometidos com o Âncora. Isso mesmo. Somente para os comprometidos. Aqueles que são apenas envolvidos ou ainda que participam apenas dos retiros não precisam responder. Pois para sonhar o sonho de Deus e querer um grupo cada vez melhor e mais santo é preciso compromisso e não apenas envolvimento.

• Você concorda que as famosas “panelinhas” co-existem no grupo?

• Considera alguns ancorados arrogantes?

• Você já se magoou com alguém do grupo?

Se tudo isso existe no grupo, não se enganem. São as brechas que abrimos para o inimigo de Deus entrar e fazer a festa do jeito dele.

Lembra dos nossos pilares? Adoração, Palavra e amor fraterno. Mais ainda, a decisão de seguir Jesus que deve provocar em nós vontade, radicalidade e santidade. Tudo isso deve ter por conseqüência os frutos do Espírito, nunca os frutos da carne. Pois um se opõe ao outro. São contrários. (Gal 5,13-25). As obras da carne são impureza, inimizades, ciúmes, discórdia, invejas... As obras do espírito são alegria, paz, paciência, caridade, bondade, fidelidade... Pois os que são de Cristo crucificaram a carne.

Que frutos estamos produzindo? Onde resolvemos os problemas do grupo? Sobre o que estamos conversando?

Nosso coração é inclinado ao mal. Precisamos ter consciência disso. Sentimos ciúmes, raiva, inveja, orgulho, desejos e tantas outras coisas que nos afastam de Deus e dos nossos irmãos.

Mas é imperativo meus irmãos que tenhamos a coragem de tirar as nossas máscaras e reconhecermos aquilo que não é de Deus e que faz mal pra nós, para nossos irmãos e para o grupo.

Somos humanos, estamos lutando pela santidade, mas ainda não somos o que queremos ser. Tenho certeza que não somos os mesmos de antes, mas ainda há muito pra ser quebrado e refeito.

Crescer na fé significa também ter coragem de dizer para o irmão que ele me magoou que ele me machucou, que estou com raiva dele e por fim, depois de tudo muito bem resolvido da um abraço, olhar no olho e dizer: Eu te amo.Me perdoa ou ainda, eu perdoei você. Nunca deixar que o sol se ponha sobre nosso ressentimento. (Ef 4,26). Muito menos falar pra todo mundo que estou com raiva de uma pessoa, e não tentar resolver com ela mesma.

Crescer na fé significa perceber as “panelinhas” e ter a coragem e a ousadia de quebrá-las. Ou pelo menos denunciá-las.

Crescer na fé significa reconhecer os frutos da carne em mim ou no meu grupo e não permitir que eles cresçam. Ciúmes, inveja, arrogância, mágoas, vaidade, orgulhos criam abismos entre o âncora e tudo que Deus tem para nós.

Penso que a história do âncora se divide em duas partes: Antes do acampamento de carnaval 2011 e depois do acampamento.

Foi a primeira vez que assumimos de fato um acampamento.

Naquele teatro do Ministério de artes, Deus gritou nos meus ouvidos.

O que me impressionou foi que depois da belíssima apresentação, não houve palmas, aplausos. Nem poderia, pois se não todos, muitos estavam sendo quebrados por Deus. E naquele silêncio que se fez, Deus estava gritando para o ministério de artes, para o ministério de música, enfim para o âncora da alma que a missão, o trabalho, o suor, o cansaço são nosso. Até o show pode ser nosso. Mas o sucesso e os aplausos são só Dele. A nós o trabalho, a Jesus o sucesso.

Portanto não há lugar para orgulhosos. Não faça esforço para “aparecer” no âncora, porque você pode conseguir. E se você aparecer, provavelmente Jesus não aparecerá.

Queira ser estranho. Tenha coragem e maturidade para resolver as coisas do grupo no grupo. Somente quando reconhecemos nossa pequenez é que podemos experimentar em nós o poder de Deus.

Estamos juntos. Assim como você, também tenho minhas misérias. No entanto, estas devem ser colocadas à luz de Cristo, pois nas trevas Deus não age.

Esforcemos-nos meus irmãos para sermos Evangelho vivo, profetas no meio dos outros.

Não devemos dar lugar ao demônio. Não amemos com palavras, mas com ato de verdade. (I jo3, 18). Amemos, pois Ele nos amou primeiro.

Eu os amo.





Abraço.
Com a paz inquieta do coração de Jesus.
Joelma Ribeiro.

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5 comentários:

  1. Falou muito bem Joelma!!
    Não tem como aparecer Deus no Âncora da Alma, se o que aparece somos nós!
    Juntos nos colocando em oração somos fortes o bastante pra não deixar brecha pra dispersão!
    Aos âncoradus!
    Deus nos Guie!

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  2. Joelma, belissimo texto, Parabéns!
    Precisamos entregar nossos corações a Deus, permanecer unidos nos tornas mais forte diante do inimigo..Irmãos, vigiai na oração...

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  3. Somos servos, "a nós o trabalho a Jesus o sucesso", EU quero ser evangelho vivo!!!

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  4. Parabéns Joelma,o texto esta muito bonito e principalmente realista,precisamos deixar que Deus nos conduza e preveleça nas nossas atitudes!

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  5. O momento pos retiro é sempre de muita promessa e por isso vem acompanhado de esperança, voltamos cheios do Espirito Santo e ansiosos por radicalidade. Meus irmãos! é tempo de crescimento... e é nele que mais somos tentados. Vivo essas angustias cada vez que posso crescer na Fé. Não se dispersem...Abraço!

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