sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Só podemos ser definidos pelos os olhos de quem nos amam.

A cada dia tenho mais certeza de que, só podemos ser definidos pelos os olhos de quem realmente nos amam.
A nossa humanidade é muito frágil para os julgo e as definições daqueles que desconhecem nossas lutas, escolhas e os dramas que sofremos para sustentar nossas decisões. 

É frequente, devido a vida missionária, encontrar pessoas que nos toma como exemplos e algumas vezes até idealizam, absorvendo o desejo de serem iguais a nós, no entanto, a maioria destes só enxergam o que transborda a nossa essência.

Em Sandolândia, município onde nasci, há o Rio Javaé que nessa época do ano transborda suas águas sobre a Ilha do Bananal. Lá pelo mês de junho, quando as águas começam a baixar, descobrimos que a essência desse transbordar, ou melhor, o segredo de tanta água é um outro rio chamado Rio Verde que na cheia se mistura ao Javaé. Certamente, só saberão que são dois rios quem também no tempo de seca por lá passar ou ouvir de alguém que os conheçam bem.

O segredo da nossa essência e do nosso transbordar também é uma mistura de águas. Somos compostos pelas nossas lágrimas, renúncias, pela nossa doação, pelos nossos orgulhos, egoísmo e também pelas nossas paixões em diversas formas.  

É um encanto perceber a beleza da diferença, assim como nas águas do Rio Javaé e do Rio Verde que se assumem pequenos para se tornarem grandes, que dividem um espaço limitado e que juntam suas águas para encantar os nossos olhos e resistir ao tempo da seca.

Para querer ser igual ou estar no mesmo lugar do outro é necessário também assumir os bastidores que os envolve. O nosso falar, cantar, escrever, dançar e agir são frutos das nossas vivências e experiências que na maioria das vezes não são sustentadas por sorrisos. Há erros em nós imperdoáveis, mas que são reparados pela força do amor daqueles que nos conhecem verdadeiramente e a partir daí  nos reconstrói.

Há razão no encontro, como há também no desencontro basta perceber que cada pessoa que chega é um presente de Deus, independente de quanto tempo fica ou o do que traz.  Somos seres povoados, compostos pelas diversas situações que nos são submetidas e pelos resultados das escolhas que fazemos diariamente. 

Que nesse final de semana, nossas escolhas nos revelem, ou melhor, que elas revelem o céu que está em nós e que assim possamos prosseguir com um rio que vai de encontro ao mar, que não desvia, mas vence cada obstáculo para alcançar sua meta.


Que Deus te guarde e te dê força.

Bom final de Semana

Fraternalmente.


Egly Stérfane.



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