O perigo da superfície!
A
multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. [...] Tudo entre ele era
comum. Com grande coragem os Apóstolos davam testemunho da ressurreição do
Senhor Jesus. Em todos eles era grande a graça. [...] Todos que possuíam terras
ou casas vendiam-nas. Repartia-se então
a cada um deles conforme a sua necessidade.
Um
certo homem chamada Ananias, de comum acordo com sua mulher Safira, vendeu um
campo e combinado com ela, reteve uma parte da quantia da venda. (Atos, 4.
32,35 – 5. 1,2).
Fazendo
a leitura orante dos Atos dos Apóstolos, os capitulos 4 e 5 me remeteram ao
tema do nosso Retiro de Aprofundamento: “Entre as profundezas e a Superfície.”Não
a forma como os primeiros cristãos viviam a fé, no sentido de vender seus bens
e repartir, pois hoje estamos em outro contexto. O que chama a atenção são os
personagens Ananias e sua esposa Safira.
Afinal eles experimentaram da profundeza do amor de Deus, a profundeza
da vida fraterna, da partilha, oração, eles comungavam da mesma fé.Fiquei
me questionando em que momento da caminhada Ananias e Safira decidiram ficar a
margem, porque escolheram a superfície depois de tamanha experiência com o
Espirito Santo?
“Ananias, por que tomou
conta Satanás do teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e enganasses
a cerca do valor do campo”? (Atos, 5. 3).
Fiz
a leitura percebendo esse campo como nossa vida. Não queremos dar tudo. Nossa
humanidade nos impede de nos aprofundar,
afinal a superfície é mais tranquila. Assim como Ananias não reconhecemos que
Deus nos quer por inteiro. Nosso “campo” é valioso à seus olhos, muito mais do
que possamos imaginar. A
superficialidade nos faz reter aquilo que é de Deus e impede a entrega total.
Assim, na minha oração, Deus me falava do perigo da superfície. Ela é a zona de conforto que nos faz viver um relacionamento superficial como nosso Senhor e com os irmãos. Tantas vezes nos prostramos diande Dele, tantas vezes choramos, tantas vezes nos arrependemos e Ele nos acolhe. Mas a superficialidade não nos deixa avançar. Andamos em circulos. Um dia estamos bem, outro não. Um dia Deus me ama, outro ele me abandonou. Se estou bem oro, louvo, adoro, leio a palavra. Se não estou bem me afasto. Retenho.
Assim, na minha oração, Deus me falava do perigo da superfície. Ela é a zona de conforto que nos faz viver um relacionamento superficial como nosso Senhor e com os irmãos. Tantas vezes nos prostramos diande Dele, tantas vezes choramos, tantas vezes nos arrependemos e Ele nos acolhe. Mas a superficialidade não nos deixa avançar. Andamos em circulos. Um dia estamos bem, outro não. Um dia Deus me ama, outro ele me abandonou. Se estou bem oro, louvo, adoro, leio a palavra. Se não estou bem me afasto. Retenho.
“Por que imaginastes isso no teu coração? Não foi aos homens que mentistes, mas a Deus”. (Atos 5. 4)
A
palavra segue narrando a morte de Ananias e sua esposa. Junto com a superficialidade vem o perigo da
morte. Não a morte física, mas a espiritual. Essa mornidão que Deus vomita,
esse acostumar-se em ir a Igreja e não ser Igreja, assistir a Missa e não
participar, precisar de motivos para estar diante do Senhor, quando Ele é o
motivo. Dar só uma parte, enquanto Deus quer tudo. Por
outro lado, a profundidade dos Apóstolos e fascinante! Enquanto fazia a leitura
eu me perguntava onde estão os Pedros, os Joãos, os Estevãos do nosso tempo? Eles não reteram nada. Doaram tudo. E como foram usados por
Deus!
A
superficialidade é resultado da nossa humanidade e a profundidade não é um
passe de mágica. É fruto de decisão, disciplina, entrega. O
que nós estamos retendo? O que tem nos impedido de entregar tudo? O que tem nos
impedido de experimentar milagres? O que tem nos mantido na superficie?
Nosso
retiro de aprofundamento nos convida a
refletir sobre isso. Vamos juntos entregar “nossos campos” e sem reservas
descobrir a beleza da profundidade do amor de Deus.
Abraço.
Com
a paz inquieta do Coração de Jesus.
Joelma
Ribeiro.
Âncora
da Alma.
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